O Futuro dos Empregos: O Impacto da Inteligência Artificial no Mundo
- Markos Soneria
- 8 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de jul. de 2023

Segundo a matéria "Goldman Sachs Predicts 300 Million Jobs Will Be Lost Or Degraded By Artificial Intelligence" da Forbes, a inteligência artificial pode gerar o fim de 300 milhões de empregos, afetando a força de trabalho nos Estados Unidos e na Europa. Quem dá esse alerta é o banco de investimentos Goldman Sachs, renomada instituição financeira global, fundada em 1869 e sediada em Nova York, nos Estados Unidos, em um relatório sobre o avanço da IA.
Segundo o banco de investimentos, estima-se que essa tecnologia em rápido crescimento possa causar a perda ou redução de 300 milhões de empregos. Segundo o Goldman, a automação gera inovação, o que leva à criação de novos tipos de empregos. As empresas também se beneficiarão com economias de custo graças à IA, podendo direcionar recursos para construir e expandir negócios, aumentando assim o PIB global em 7%.
Investimentos maciços em IA refletem confiança na revolução tecnológica
De acordo com o relatório AI Index da Stanford, desde 2021, foram investidos quase US$ 94 bilhões em IA. Se a IA continuar nessa trajetória de crescimento, poderá adicionar 1% ao PIB dos Estados Unidos até 2030. Essa combinação de economia significativa nos custos de trabalho, criação de novos empregos e aumento da produtividade para os trabalhadores atuais levanta a possibilidade de um boom na produtividade do trabalho, semelhante ao que ocorreu com tecnologias anteriores, como o motor elétrico e o computador pessoal.
Além dos investimentos em IA mencionados no relatório AI Index da Stanford, é importante ressaltar que o setor de inteligência artificial tem atraído um interesse crescente de investidores, empresas e governos ao redor do mundo. Esses investimentos maciços refletem a confiança na capacidade da IA de impulsionar o crescimento econômico e a inovação.
Ao substituir tarefas repetitivas e de baixa qualificação por sistemas automatizados, a IA permite que os trabalhadores se concentrem em atividades mais complexas e criativas, aumentando sua produtividade e valor agregado. Além disso, a IA oferece insights valiosos por meio da análise de grandes volumes de dados, possibilitando uma tomada de decisão mais informada e precisa.
O preço da automação: trabalhadores sem diploma são os mais afetados enquanto a IA avança
No entanto, há um lado negativo da IA, pois a automação tem sido o principal impulsionador da desigualdade de renda nos últimos 40 anos. Profissionais com menor nível de educação têm sido afetados negativamente, enquanto aqueles com pós-graduação viram seus salários aumentarem. Muitas mudanças na estrutura salarial foram causadas pela automação de tarefas anteriormente realizadas por pessoas.
Motoristas de caminhão e táxi, caixas de supermercado, vendedores de varejo e trabalhadores de fábricas e indústrias têm sido e continuarão sendo substituídos por robótica e tecnologia. Veículos autônomos, quiosques de autoatendimento em restaurantes de fast food e leitores de código rápido em lojas em breve eliminarão a maioria dos empregos com salários mínimos e de baixa qualificação. Sistemas de inteligência artificial são cada vez mais comuns. Para mitigar esses impactos negativos, é essencial investir em programas de educação e treinamento que capacitem os trabalhadores para os empregos do futuro. Além disso, políticas públicas e regulamentações adequadas podem garantir que a implementação da IA seja feita de forma ética e justa, considerando os direitos dos trabalhadores, a privacidade dos dados e a transparência dos algoritmos.
A colaboração entre governos, empresas, academia e sociedade civil é fundamental para orientar o desenvolvimento e o uso responsável da IA. É necessário promover um diálogo amplo e inclusivo para garantir que os benefícios da IA sejam compartilhados de forma equitativa e que os riscos e desafios sejam adequadamente gerenciados. É necessário um debate sério sobre como equilibrar o avanço tecnológico com o bem-estar dos trabalhadores e a justiça social. Principalmente em um mundo onde, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2020 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), cerca de 50% da população mundial ainda vive em pobreza extrema.
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